sexta-feira, 28 de agosto de 2009

QUEM FOI ANDRÉ LUIZ?


Quem foi André Luiz?‏

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André Luiz foi Carlos Chagas?


Muito se tem especulado sobre quem teria sido André Luiz em sua última existência carnal, em total desrespeito a sua própria afirmação, no livro Nosso Lar, quando escreve “manifestamo-nos, junto a vós, no anonimato que obedece à caridade fraternal”.

No prefácio do mesmo livro, Emmanuel informa: “embalde os companheiros encarnados procurariam o médico Luiz nos catálogos da convenção”. E mais: “André precisou ... cerrar a cortina sobre si mesmo”.

Mais importante do que saber quem foi André Luiz no passado, é compreendermos o seu ingente esforço de repórter estudioso e disciplinado, a nos trazer a prodigiosa obra, constituída de vários volumes, contendo material de estudo doutrinário que ainda não foi devidamente assimilado e compreendido pelos espíritas, e respeitando o seu anonimato.

Cogita-se novamente, com base em suposta afirmação do próprio André, sejam ele e Carlos Chagas, o mesmo espírito.

Uma simples comparação entre as informações prestadas, no livro Nosso Lar; sobre a vida e a família de André Luiz, em sua última existência terrena, com a biografia de Carlos Chagas nos mostra que essas cogitações são absolutamente inadequadas.

Vejamos as principais diferenças encontradas:

André Luiz foi médico fisiologista, clinicou durante quinze anos, e, segundo os instrutores espirituais que o assistiam em Nosso Lar, “não realizou a tarefa que lhe foi confiada pela espiritualidade superior.”

Casado. Três filhos, sendo um homem (o primogênito) e duas mulheres.

Desencarnou em 1930 (calculadas as informações do livro Nosso Lar), após quarenta dias de intenso sofrimento, duas cirurgias nos intestinos em razão de câncer, com o “sistema gástrico destruído por excessos alimentares e alcoólicos.” Por isso foi considerado suicida, no plano espiritual.

Filho de um comerciante desencarnado em 1927.

André permaneceu “mais de oito anos consecutivos” no umbral e mais de um ano, presumivelmente, nas câmaras de retificação de Nosso Lar, após o que passou a residir na casa de Lísias, para com o auxílio deste iniciar novas tarefas, na Colônia Nosso Lar.

Nessa ocasião, já em casa de Lísias, ouve rumores de uma nova guerra.

“Estamos em agosto de 1939”, escreve ele, ocasião em que a Alemanha invade a Polônia dando início a segunda guerra mundial.

Em 1941, foi apresentado a Chico Xavier, por Emmanuel, a fim de juntos, Chico e André, se prepararem para o trabalho que lhes competia realizar, e, em 1943 inicia-se a psicografia do livro Nosso Lar, publicado em 1944.

Carlos Chagas foi médico sanitarista.

Toda a sua vida profissional foi voltada à pesquisa no campo da saúde humana e o resultado do seu gigantesco trabalho foi reconhecido dentro e fora do Brasil, tendo recebido vários prêmios e seu nome é indicado para o Prêmio Nobel de Medicina, que não chegou a conquistar por influência de “malfeitores da ciência médica”.

Casado, teve dois filhos, Evandro e Carlos Chagas Filho.

Desencarna em 08 de novembro de 1934, repentinamente em conseqüência de um enfarto.

Como se verifica, não se pode dizer que Carlos Chagas não realizou a tarefa que lhe foi confiada pela espiritualidade superior.

Desencarnado em 1934, mais nove anos entre umbral e recuperação em Nosso Lar, não poderia estar em 1939 iniciando seu aprendizado junto aos instrutores daquela colônia espiritual.

André Luiz desencarnou de câncer, após muito sofrimento. Carlos Chagas desencarnou repentinamente.

André teve um filho e duas filhas. Chagas teve dois filhos.

Revendo esses dados sobre as vidas desses espíritos tão diferentes um do outro, podemos afirmar, sem margem de erro, que André Luiz não foi Carlos Chagas. Ou então, deveremos descrer das informações prestadas em Nosso Lar por ele mesmo e pelos espíritos que o amparavam.

Melhor continuarmos a respeitar seus 60 anos de anonimato, vendo nele o espírito que muito sofreu em conseqüência das mazelas da última existência, mas que venceu corajosamente e com comovente humildade esse período difícil, para se tornar o portador de magníficos e importantes ensinamentos dos espíritos superiores para nós todos que ainda estamos tateando como cegos espirituais neste lado da vida.

Para maiores detalhes sobre este assunto recomendamos:
1.Nosso Lar – Francisco C. Xavier / André Luiz
2.Testemunhos de Chico Xavier – Suely C. Schubert
3.Biografia de Carlos Chagas – vários sites na internet, entre eles: http://www.vertentes.com.br/chagas/.
4.Quem foi André Luiz – excelente trabalho publicado em nov.2002 no “Alavanca” – autoria de Giovanni Bruno.
Daisy J. Machado
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“Há uma qualidade de que não podemos nos eximir para vencer: a
clareza de propósitos, o conhecimento do que queremos e um desejo ardente de
o obter”. — NAPOLEON HILL

http://www.falandreluiz.net/2009/andre/vida.php

A VIDA DE ANDRÉ LUIZ
Foi quando encarnado, filho de pais talvez excessivamente generosos, que conquistou títulos universitários e se formou em medicina sem maiores sacrifícios.
Compartilhou os vícios da mocidade do seu tempo, organizou o lar, teve três filhos, duas meninas e um menino, perseguiu situação estável que garantisse a tranqüilidade econômica do seu grupo familiar.
Perdeu sua irmã Luísa quando ainda era menino e o seu pai três anos antes de seu trespasse.

Desencarnou após lutar mais de quarenta dias, na Casa de Saúde, tentando vencer a morte.

Sofreu duas operações graves, devido à oclusão intestinal derivada de elementos cancerosos, e estes, por sua vez, de algumas leviandades no campo da sífilis, tendo ainda todo o aparelho gástrico destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas. Devido a isso, entrou no mundo espiritual como suicida inconsciente.
Transcorridos mais de oito anos consecutivos de permanência no Umbral, foi resgatado por Clarêncio, um dos Ministros do Auxilio de Nosso Lar, após inúmeros pedidos de sua mãe que habita esferas mais altas. Clarêncio o tornou seu pupilo e lhe informou estar ele em uma das esferas espirituais vizinhas da Terra chamada Nosso Lar e que o Sol que o iluminava naquele momento era o mesmo que vivificou seu corpo físico.

Decorrido algum tempo de aprendizado e trabalho em Nosso Lar, por volta de 1939 teve permissão para visitar sua família na Terra. Encontrou em seu antigo lar, a filha mais velha casada e tendo ao colo seu filhinho. Sua companheira havia desposado outro homem, de nome Dr. Ernesto, que se encontrava naquele momento de cama e muito enfermo estando ainda cercado por entidades inferiores devotadas ao mal. Soube que seu único filho varão encontrava-se perdido no mundo praticando inúmeras loucuras e que sua filha mais nova havia começado a se interessar pelo espiritismo.

Foi nesse cenário que André Luiz aprendeu o verdadeiro significado da palavra amor.

Vencendo o orgulho e egoísmo e tendo a ajuda amiga da senhora Laura, trabalharam ativamente na da cura do enfermo. Esse ato lhe permitiu a conquista do título de cidadão de Nosso Lar.

André Luiz teve a permissão de Deus para escrever para nós encarnados e nos instruir a respeito do que nos espera ao largarmos nosso envoltório físico. Para isso, despojou-se do próprio nome, para não ferir corações amados, envoltos ainda nos velhos mantos da ilusão e se tornou um dos mentores espirituais de Francisco C. Xavier.

O primeiro livro escrito por André Luiz foi "Nosso lar", onde ele relata a sua passagem para a vida espiritual e sua surpresa em encontrar cidades espirituais semelhantes às da Terra, mas muito mais aperfeiçoadas, pois, as mesmas são construídas com matérias mais sutilizadas.

Nesse livro ele descreve coisas fantásticas como: o aeróbus, veículo aéreo usado para locomoção; bônus-hora, pontuação anotada na ficha de serviço individual relativa a cada hora de serviço prestado ao bem comum e que funciona como valor aquisitivo e não como papel moeda; volitação, capacidade de locomover a grandes distâncias flutuando; comunicação à distância, entre outros.

Escreveu também os livros: "Os mensageiros", "Missionários de Luz", "Obreiros da Vida Eterna", "No mundo maior", "Agenda cristã", "Libertação", "Entre a terra e o céu", "Nos domínios da mediunidade", "Ação e Reação", "Evolução de Dois Mundos", ""Mecanismos da Mediunidade", "Conduta espírita", "Sexo e destino", "Desobsessão" e "E a vida continua...".

Todas estas obras vieram enriquecer a literatura espírita pois, nos traz os profundos conhecimentos do porquê da vida, isto é, porque se nasce, porque se vive e porque se morre.

Diz Emmanuel no prefácio do livro Nosso Lar: "André Luiz vem contar a você, leitor amigo, que a maior surpresa da morte carnal, é a de nos colocar face a face com a própria consciência, onde edificamos o céu, estacionamos no purgatório ou nos precipitamos no abismo infernal; vem lembrar que a Terra é oficina sagrada, e que ninguém a menosprezará, sem conhecer o preço do terrível engano a que submeteu o próprio coração."

A experiência de André Luiz, através de seus livros, diz bem alto a todos nós, que não basta à criatura apegar-se a existência humana, mas precisa saber aproveita-la dignamente; que os passos do cristão em qualquer escola religiosa, devem dirigir-se verdadeiramente ao Cristo e que em nosso campo doutrinário, precisamos em verdade do espiritismo e do espiritualismo, mas muito mais da espiritualidade.

Fonte: Marcos A. Silveira (Centro Espírita Clarencio/RJ)

BIOGRAFIA ESPIRITUAL
Quero trabalhar e conhecer a satisfação dos cooperadores anônimos da felicidade alheia. Procurarei a prodigiosa luz da fraternidade através do serviço às criaturas, olvidando o próprio nome que deixo para trás por amor a Deus e a elas. Revisto-me transitoriamente de outra personagem para melhor ensinar e amparar. Sou André Luiz."

O ano de 1944 marca a estréia de André Luiz no mercado editorial espírita brasileiro, revolucionando, de certo modo, a concepção geral acerca da vida pós-túmulo. "Nosso Lar" descreve as atividades de uma cidade espiritual próxima à Terra, e transforma-se em objeto de estudo, discussão e deslumbramento nos círculos espíritas do país.

Portas até então cerradas se abrem de par em par, revelando vida e trabalho, continuidade e justiça onde imperavam dúvidas e suposições.
Todos querem saber mais sobre o autor.
André Luiz não é o seu verdadeiro nome.
Dele sabe-se apenas que foi médico sanitarista, no século iniciante, e que exerceu sua profissão no Rio de Janeiro, Brasil. Segundo suas próprias palavras, optou pelo anonimato, quando da decisão de enviar notícias do além-túmulo, por compreender que "a existência humana apresenta grande maioria de vasos frágeis, que não podem conter ainda toda a verdade".
Declara Emmanuel, no prefácio de "Nosso Lar", que ele, "por trazer valiosas impressões aos companheiros do mundo, necessitou despojar-se de todas as convenções, inclusive a do próprio nome, para não ferir corações amados, envolvidos ainda nos velhos mantos da ilusão."
Imensa curiosidade cerca a personalidade do benfeitor e aventam-se hipóteses, sem que se chegue à sua real identidade.
André Luiz, no entanto, fiel ao desejo de servir sem láureas, e atento ao compromisso com a verdade, prossegue derramando bênçãos em forma de livros, sem curvar-se à curiosidade geral.
Importa o que tem a dizer, de espírito à espírito.
A vaidade do nome ou sagrações passadas já não encontram eco em seu coração lúcido e enobrecido.
André Luiz foi, positivamente, dentre todos os Benfeitores que escreveram aos encarnados o que manteve fidelidade maior aos postulados espíritas, notadamente à Allan Kardec. O seu trabalho, no que concerne à forma e ao fundo, notabiliza-se em tudo pelo respeito e lealdade mantidos, ao longo do tempo, ao Codificador e à Codificação.
Por mais de quatro décadas, André Luiz trabalhou ativamente junto a Seara Espírita, lhe exornando a excelência e clarificando caminhos.
Chico Xavier, o médium que serviu de "ponte", hoje desencarnado, não pode mais oferecer mão segura à transmissão de seus ensinamentos luminosos.
Não sabemos se André Luiz retornará pela mão de outro médium.
Deste modo, resta apenas, aos espíritas e admiradores, o estudo de sua obra magnífica, calando interrogações para ater-se às lições ministradas, de mente despojada e coração agradecido.
Como ele, certamente, aguarda seja feito. (©Lori Marli dos Santos - Instituto André Luiz. Todos os direitos autorais reservados conforme Lei 9.610, de 19.02.98)
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O HOMEM - André Luiz traça de si mesmo um perfil comum, previsível, sem nuances ou grandezas espirituais. Logo nas primeiras páginas de "Nosso Lar", diz, referindo-se à sua personalidade de então: "Filho de pais talvez excessivamente generosos, conquistara meus títulos universitários sem maior sacrifício, compartilhara os vícios da mocidade do meu tempo, organizara o lar, conseguira filhos, perseguira situações estáveis que garantissem a tranqüilidade econômica do meu grupo familiar, mas, examinando atentamente a mim mesmo, algo me fazia experimentar a noção do tempo perdido, com a silenciosa acusação da consciência. Habitara a Terra, gozara-lhe os bens, colhera as bênçãos da vida, mas não lhe retribuíra ceitil do débito enorme. Tivera pais, cuja generosidade e sacrifícios por mim nunca avaliei; esposa e filhos que prendera, ferozmente, nas teias rijas do egoísmo destruidor. Possuí um lar que fechei a todos os que palmilhavam o deserto da angústia. Deliciara-me com os júbilos da família, esquecido de estender essa bênção divina à imensa família humana, surdo a comezinhos deveres de fraternidade."
O APRENDIZ - É possível acompanhar esta personalidade em André Luiz por quase todo primeiro volume da série "Nosso Lar". No Umbral, irrita-se com a pecha de suicida e tenta reunir forças para esmurrar os agressores, sem sucesso; já em Nosso Lar, ainda frágil, ofende-se com as verdades que o médico espiritual lhe declara, analisando seu desencarne prematuro; recuperado, quer trabalhar, ansiando pelo velho cargo de médico, sem cogitar de suas reais possibilidades no campo da medicina espiritual; junto à mãezinha, queixa-se choroso de suas dores e dificuldades, infantilizando-se; nas Câmeras de Retificação, como homem comum e de passado vicioso, é levado a encarar, face a face, a mulher que infelicitou um dia, na juventude distante; fiel e apegado egoisticamente à esposa deixada na Terra, se abstrai de partilhar momentos de lazer e amizade com o elemento feminino, deixando de acompanhar Lísias e demais amigas ao Campo da Música.
É só a pouco e pouco que André se conscientiza de sua nova posição e responsabilidades. Chora com freqüência, ouvindo verdades que não toleraria na Terra, ali orgulhoso e arrogante; aprende humildade a duros golpes; observa, ouve, pergunta, medita...
Assim o vemos crescendo com as dificuldades e superando desafios, no intuito sincero de se aprimorar. Auxilia Elisa, a jovem infelicitada, serve aos doentes das Câmaras de Retificação com redobrado carinho, sendo-lhes, não o médico, mas o irmão dedicado e vigilante; aceita as recomendações de Genésio e de sua mãe, vigiando pensamentos e sentimentos inferiores, para aprender a calar queixas e mágoas improcedentes; e, finalmente, buscando a integração perfeita com o clima harmonioso e elevado de Nosso Lar, através do trabalho e da renovação íntima, recebe a ansiada autorização para retornar ao lar terrestre, o qual não mais pudera visitar.

O NOVO HOMEM - Sentindo-se qual criança, na companhia dos Mentores que lhe patrocinaram o regresso à casa, não contém em si a alegria e o júbilo de retornar aos seus. Adentra a antiga morada, estranhando a decoração e dando por falta de detalhes, como um gracioso retrato da família que adornava a entrada, embelezando-a singularmente. Ainda assim, feliz e exultante, corre ao encontro de Zélia, sua amada esposa, gritando-lhe sua saudade e seu amor, mas ela não o ouve. Desapontado, abraça-se à ela, mas em vão: Zélia parece completamente indiferente ao seu carinho e ao seu abraço.
Então, ouvindo-a conversar com alguém, descobre-lhe o segundo casamento: "Mas doutor, salve-o, por caridade! Peço-lhe! Oh, não suportaria uma segunda viuvez."
André Luiz descreve assim sua decepção e seu sofrimento: "Um corisco não me fulminaria com tamanha violência. Outro homem se apossara de meu lar. A esposa me esquecera. A casa não mais me pertencia. Valia a pena ter esperado tanto para colher semelhantes desilusões?"
E prossegue, recordando os duros momentos de sua volta ao lar terreno: "Corri ao meu quarto, verificando que outro mobiliário existia na alcova espaçosa. No leito estava um homem de idade madura, evidenciando melindroso estado de saúde... De pronto, tive ímpetos de odiar o intruso com todas as forças, mas já não era eu o mesmo homem de outros tempos... Assentei-me decepcionado e acabrunhado, vendo Zélia entrar no aposento e dele sair, acariciando o enfermo com a ternura que me coubera noutros tempos... Minha casa pareceu-me, então, um patrimônio que os ladrões e os vermes haviam transformado. Nem haveres, nem títulos, nem afetos! Somente uma filha ali estava de sentinela ao meu velho e sincero amor."
À tardinha do dia seguinte, André recebe a visita de Clarêncio, que, percebendo seu abatimento, lhe diz: "Compreendo suas mágoas e rejubilo-me pela ótima oportunidade deste testemunho... Apenas não posso esquecer que aquela recomendação de Jesus para que amemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, opera sempre, quando seguida, verdadeiros milagres de felicidade e compreensão, em nossos caminhos."
André pondera o alcance das palavras de Clarêncio e, sentindo-se realmente renovado, um outro homem, a quem o Senhor havia chamado aos ensinamentos do amor, da fraternidade e do perdão, reflete com mais serenidade: "Afinal de contas, por que condenar o procedimento de Zélia? E se fosse eu o viúvo na Terra? Teria, acaso, suportado a prolongada solidão? Não teria recorrido a mil pretextos para justificar novo consórcio? E o pobre enfermo? Por que odiá-lo? Não era também meu irmão na Casa de Nosso Pai? Precisava era, pois, lutar contra o egoísmo feroz..."
De imediato, procura auxiliar a Ernesto, o novo esposo de Zélia, mas sente-se enfraquecido, debilitado, compreendendo então o valor do amor e da amizade, alimentos confortadores absorvidos em Nosso Lar.
Em prece, clama o auxílio de Narcisa, sua grande amiga das Câmaras de Retificação. Juntos dirigem-se à Natureza exuberante, dali retirando os elementos curativos à enfermidade do doente.
Recuperado o enfermo, e restituindo a alegria à antiga morada, André Luiz retorna a Nosso Lar, sentindo-se jubiloso e renovado. Mas ao chegar, imensa surpresa o aguarda: Clarêncio, em companhia de dezenas de amigos, vêm ao seu encontro, saudando-o, generosos e acolhedores. O bondoso velhinho se adianta,e, estendendo-lhe a mão, diz, comovido:
"Até hoje, André, você era meu pupilo na cidade; mas, doravante, em nome da Governadoria, declaro-o cidadão de Nosso Lar."

O MENSAGEIRO - Imensa transformação opera-se no íntimo de André. "Compelido a destruir meus castelos de exclusivismo injusto, senti que outro amor se instalava em minhalma", diz. Volta a freqüentar o ninho doméstico, não mais como senhor, mas como alguém "que ama o trabalho da oficina que a vida lhe designou"; auxilia a Zélia, o quanto está em suas forças, ampara os filhos e evita encarar o segundo marido como o intruso que lhe roubou o amor da companheira do mundo.
Alegre esperança se lhe desenha no espírito, mas sente-se vazio, de alguma forma, entediado. Compreendendo-lhe a transformação, diz-lhe Narcisa: "André, meu amigo, você vem fazendo a renovação mental. Em tais períodos, extremas dificuldades espirituais nos assaltam o coração... Sei que você experimenta intraduzível alegria ao contato da harmonia universal, após o abandono de suas criações caprichosas, mas reconheço que, ao lado das rosas de júbilo, defrontando os novos caminhos que se descerram para sua esperança, há espinhos de tédio nas margens das velhas estradas inferiores que você vai deixando para trás. Seu coração é uma taça iluminada aos raios do alvorecer divino, mas vazia dos sentimentos do mundo que a encheram por séculos consecutivos."
"Não poderia, eu mesmo, formular tão exata definição do meu estado espiritual", comove-se André Luiz. E conhecendo-o bem, seu temperamento agitado, Narcisa sugere, com felicidade: "Creio deve você aproveitar os novos cursos de serviço, instalados no Ministério da Comunicação. Muitos companheiros nossos habilitaram-se a prestar concurso na Terra, nos campos visíveis e invisíveis ao homem, acompanhados, todos eles, por nobres instrutores. Poderia você conhecer experiências novas, aprender muito e cooperar com excelente ação individual. Por que não tenta?"
André sente-se então dominado por esperanças diferentes, relativamente às suas tarefas, conforme afirma. Levado por Tobias até a residência de Aniceto, entidade que se ligaria fundamente à sua vida espiritual, mantêm com ele fraterno diálogo, cientificando-se do trabalho e das novas responsabilidades porvindouras.
André aceita, jubiloso, a nova e fascinante etapa existencial. E diz: "Misteriosa alegria dominava-me todo, sublimada esperança iluminava-me os sentimentos. Aquele desejo ardente de colaborar em benefício dos outros, que Narcisa me acendera no íntimo, parecia encher, agora, a taça vazia do meu coração.
Trabalharia sim. Conheceria a satisfação dos cooperadores anônimos da felicidade alheia. Procuraria a prodigiosa luz da fraternidade, através do serviço às criaturas."
E olvidando o próprio nome, que deixa para trás por amor à Deus e as criaturas, reveste-se transitoriamente de outra personagem, para melhor ensinar e amparar.
Surge André Luiz.



SUA OBRA: NOSSO LAR, OS MENSAGEIROS, MISSIONÁRIOS DA LUZ, OBREIROS DA VIDA ETERNA, NO MUNDO MAIOR, AÇÃO E REAÇÃO, LIBERTAÇÃO, ENTRE A TERRA E O CÉU, NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE, MECANISMOS DA MEDIUNIDADE, EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS, CONDUTA ESPÍRITA, SEXO E DESTINO, DESOBSESSÃO, E A VIDA CONTINUA, AGENDA CRISTÃ, SOL NAS ALMAS, SINAL VERDE, ENDEREÇOS DE PAZ, OPINIÃO ESPÍRITA, ESTUDE E VIVA (estes dois últimos com Emmanuel).
Muitos outros livros ainda compõem este acervo, além de centenas de mensagens distribuídas nos inúmeros livros de Francisco Cândido Xavier.

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